quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Recreação 360º



Quer uma recreação de verdade, pensada em cada detalhe para seu evento ou hotel então nos da Personal Play Eventos temos a solução, temos a recreação 360º graus onde cada atividade é pensada e estudada tendo um objetivo pedagógico plausível para deixar os pais ainda mais sossegados com relação a recreação, conheça nossa proposta, e veja a diferença deste método inovador para sua empresa.




Oque é Recreação?

Muitos me perguntam oque é recreação então neste post segue a resposta!

Recreação

História da Recreação

Segundo Gomes e Elizalde (2012), a principal abordagem remete, inevitavelmente, aos Estados Unidos. Para compreender a recreação como um fenômeno social/educativo é necessário retroceder ao final do século XIX, quando ocorreu uma ampla difusão do recreacionismo. Essa proposta propiciou a sistematização de conhecimentos e metodologias da intervenção para crianças, jovens e adultos. Esses conhecimentos fundamentam-se na sistemática da recreação dirigida, que fomentou a criação de espaços próprios para a prática de atividades recreativas consideradas saudáveis, higiênicas, moralmente válidas, produtivas e vinculadas à ideologia do progresso.
Ressaltamos que os fundamentos aqui destacados indicam as raízes da recreação institucionalizada, e não a dos divertimentos e das experiências recreacionais que sempre integraram as culturas humanas. É importante esclarecer esse aspecto, porque muitas vezes se observa uma tendência a confundir a história das manifestações culturais lúdicas com a história das propostas de recreação que foram sistematizadas e institucionalizadas nos Estados Unidos.
Baseando-se nos estudos de R. V. Russell, Salazar Salas salienta que a recreação foi constituída nos Estados Unidos a partir de duas frentes que promoviam o jogo para a população infantil e que foram crescendo e envolvendo os governos locais e nacional, assim como pessoas que formaram organizações, buscaram fundos e escreveram textos com o seguinte objetivo:
(...) educar as pessoas a usar positivamente seu tempo livre. A filosofia dessa época era ajudar as pessoas mais necessitadas e sem educação. É por isso que a filosofia e a missão original da recreação estadunidense se centraram em oferecer atividades que enriquecessem e melhorassem a qualidade de vida das pessoas participantes.
Uma dessas frentes foi caracterizada pela criação de Hull Houses, que eram casas comunitárias encarregadas de oferecer diversos serviços sociais: aulas, informações relacionadas aos direitos civis e ao trabalho, serviços de enfermagem e atividades recreativas, baseadas no desenvolvimento de jogos para as crianças menores, esportes, clubes sociais para crianças e adolescentes, programas culturais para as pessoas adultas. A autora ressalta que a primeira Hull House foi criada por Jane Addams e Ellen Starr, sendo a iniciativa desenvolvida em Chicago e tendo sido fundadas mais de 300 em outras cidades. Nessa Época, os Estados Unidos passavam por um intenso processo de industrialização e de urbanização, havendo poucas áreas livres para o desenvolvimento de atividades recreativas.
A outra frente que constitui as origens da recreação norte-americana está relacionada com a criação de playgrounds, que posteriormente serviram como modelo para os centros de recreação, praças de esportes e jardins de recreio difundidos por vários países latino-americanos.
Procurando contribuições nas experiências e nos conhecimentos produzidos na Europa, o primeiro playground dos Estados Unidos, criado no ano de 1885, foi inspirado nos parques infantis de Berlim, na Alemanha. Em 1925 já existiam 8.115 centros de recreação (nova denominação dada a esses espaços), sendo criados 635 apenas no ano de 1924, quando 80 cidades realizaram 123 acampamentos de verão para crianças e jovens. A grande repercussão do recreacionismo inaugurou um novo estilo de vida nos Estados Unidos, fomentando novas frentes de formação e de atuação profissional, estruturando assim as bases da recreação como um serviço a ser prestado. Com a ajuda de instituições como a Young Men’s Christian Association (YMCA) – Associação Cristã de Moços (ACM) na língua portugesa –, nas primeiras décadas do século XX o recreacionismo foi difundido rapidamente por diversos países, alcançando especialmente a América Latina.1

No Brasil

Baseado em Gomes e Elizalde (2012), no Brasil, os registros do brasileiro Frederico Gaelzer, feitos nas primeiras décadas do século XX, são uma das evidências dessa afirmação. Com o apoio da ACM de Porto Alegre/Brasil, Gaelzer passou um longo período nos Estados Unidos (1919-1925) se qualificando em educação física, esporte e recreação. No relatório escrito por Gaelzer, enviado aos diretores da ACM de sua cidade, com data de 16/09/1919, o autor destaca que os 800 participantes dos cursos ministrados pela YMCA, em Chicago, estavam reunidos pacificamente sob o mesmo ideal. Os participantes desses curós, segundo Gaelzer, eram de 25 nacionalidades diferentes, sendo todos possuidores da mesma moral pura e sã requerida pela ACM.
Muitos desses 800 participantes deveriam ser latino-americanos, contribuindo de forma decisiva para a difusão da recreação por diversos países da América Latina. Obviamente, muitas práticas recreativas como os jogos e outras formas de diversão já existiam, mas nesse momento, foram sistematizadas como parte integrante de um conceito de recreação elaborado nos Estados Unidos.
É necessário esclarecer que, em suas origens norte-americanas, a recreação dirigida foi vista como uma estratégia educativa essencial para promover, sutilmente, o controle social. Nesse processo, foi amplamente difundida a idéia de que a recreação poderia preencher, racionalmente, o tempo vago ou ocioso com atividades consideradas úteis e saudáveis do ponto de vista físico, higiênico, moral e social. Com isto, a recreação foi considerada essencial para a formação de valores, hábitos e atitudes a serem consolidados, moralmente válidos e educativamente úteis para o progresso das sociedades modernas. Em um primeiro momento, o desenvolvimento de eventos, políticas, programas e projetos recreativos foi, e muitas vezes ainda continua sendo, direcionado principalmente aos grupos sociais em situação de risco ou de vulnerabilidade social, procurando a redução de conflitos sociais e da delinqüência, a manutenção da paz e da harmonia social, assim como a ocupação positiva e produtiva do tempo ocioso.
Além disso, muitos programas de recreação visavam preencher as horas vagas das crianças, jovens, adultos e idosos, colaborando com a constituição de corpos disciplinados, obedientes, aptos, produtivos e vigorosos. Nessa perspectiva a recreação, em muitas ocasiões, acaba sendo usada como estratégia para esquecer os problemas gerados pela lógica excludente que impera nas realidades latino-americanas. Por sua vez, as diversas acepções da palavra recreação são fundamentadas na área de pedagogia, psicologia e, sobretudo, na educação física. Essa última área, ao lado do esporte, é a mais associada à recreação, tanto na vida cotidiana como nos estudos, cursos, propostas da formação sobre o tema, campo de atuação profissional no setor privado, nas organizações de terceiro setor e também no âmbito das políticas públicas de vários países latino-americanos. 2

Recreação e Ludicidade

É importante entender que uma vivência recreativa sempre será lúdica. Entretanto um elemento lúdico nem sempre faz parte do universo da recreação. Vamos entender melhor esta relação:
Lúdico, segundo Freinet (1998) pode ser apresentado como:
(...) um estado de bem-estar que é a exacerbação de nossa necessidade de viver, de subir e de perdurar ao longo do tempo. Atinge a zona superior do nosso ser e só pode ser comparada à impressão que temos por uns instantes de participar de uma ordem superior cuja potência sobre-humana nos ilumina. (5 - pg.304)
Deste modo o lúdico não está relacionado a uma vivência, dinâmica, experiência ou prática, mas a uma sensação, a um estado de espírito, a uma condição humana. Podemos ter por exemplo, uma parede lúdica, pelo simples fato desta parede transmitir a quem olha uma sensação agradável, divertida, sedutora. Podemos ter em um cardápio de um restaurante, pratos lúdicos, por sua apresentação colorida, criativa, estimulante. Podemos, dentro da mesma linha de raciocínio ter um carro lúdico, uma roupa lúdica, um livro lúdico, mesmo que estes elementos não criem uma prática vivencial. Do mesmo modo podemos também ter jogos lúdicos, aulas lúdicas, palestras lúdicas, programas de TV lúdicos, uma gestão lúdica de uma empresa, etc... Deste modo o lúdico também faz parte do universo do lazer, do entretenimento, da decoração, da arquitetura, da educação, entre outros.
Ao mesmo tempo o lúdico traça um paralelo muito forte com a recreação uma vez que todo programa recreativo deve ser, obrigatoriamente, lúdico!

Recreação e Lazer

Recreação é comummente apresentada de maneira ligada à área de lazer quase como se o binômio “Recreação e Lazer” possuísse um significado único. Isto talvez ocorra por ambas às áreas possuírem características comuns como o componente lúdico, a busca da satisfação pessoal, a flexibilidade nas regras. Mas recreação e lazer não estão restritos um ao outro, embora muitas vezes encontraremos vivências que pertencem às duas áreas. 
Podemos apontar casos como a ação de ler um livro, degustar um bom vinho, visitar uma exposição de pinturas, de flores, ou de carros, ouvir música, ir a uma festa, conversar com os amigos ou frequentar redes sociais, entre muitas outras, que podem se caracterizar como atividades de lazer, sem que sejam, por definição, atividades recreativas.
Igualmente podemos encontrar uma gincana cultural ocorrendo em meio a uma aula escolar, um concurso de leitura, uma visita guiada a um museu, um “outdoor training” gerencial de uma empresa, entre outras, que podem se caracterizar como atividades recreativas, sem que sejam atividades de lazer.
O que diferenciam os estes exemplos daqueles, é que os primeiros ocorrem em horários descompromissados, tempos livres, disponíveis, onde não há tarefas obrigatórias por se fazer. São atividades do universo de escolhas do indivíduo, onde ele participa, sozinho ou em grupos, de atividades que escolheu por decisão própria e destituído de qualquer compromisso financeiro, profissional, social ou educacional. Já nestes exemplos recreativos, as atividades ocorrem dentro de um período que pode ser ou não compromissado. Gincanas escolares, treinamentos gerenciais ocorrem respectivamente em um horário determinado para a educação ou para o trabalho, por exemplo. Não são horários de lazer. Mas podem também ocorre vinculados ao lazer, de maneira voluntária e descompromissada. Neste caso o que diferencia o lazer da recreação é que esta deve ser planejada, ser conduzida ou proposta por um profissional, equipamento ou entidade recreativa, enquanto que aquela pode ocorrer espontaneamente. A recreação é uma vivência intencional, existe um objetivo em sua prática, e este objetivo deve ter sido elaborado por um profissional competente para tal. Este objetivo pode ser intelectual, emocional, social, assim como pode ser a diversão, o entretenimento por si só.
Silveira (2011) observa ainda em relação ao lazer a necessidade do levantar os aspectos do dito “lazer ilícito” que está relacionado à práticas ilegais sob ponto de vista da legislação de um determinado país. No Brasil, por exemplo, o uso de drogas, rachas de automóveis, rinhas de animais, prostituição, jogos de azar, entre outros, são práticas de lazer consideradas ilegais. Apesar de proibidas pela lei do país, são amplamente realizadas por indivíduos, individual ou coletivamente, em todo o território nacional. Estas práticas são voluntárias, ocorrem em um momento da vida não comprometido e visam o prazer do participante, o que caracterizam atividades típicas de lazer. Não entraremos aqui em uma discussão moral, ética, política ou legal. Gostariamos porém de apresentar que este caráter ilícito não permite a caracterização de tais práticas como recreativas, uma vez que não condizem com a proposta de crescimento individual ou social, de revigorar das forças, de revitalizar, que são característicos do trabalho recreativo. Igualmente se tornam incopatíveis com a necessidade de objetivos elaborados por um profissional, que também é essência do trabalho recreativo. Como pode um profissional idealizar, planejar e implementar uma proposta ilicita?!

Recreação e Ócio

Já o vínculo do ócio com a recreação já se apresenta de maneira mais truncada.
Embora o termo “ócio” possa apresentar significados diferentes em outros idiomas e países, no Brasil é geralmente relacionado ao não fazer nada, ao descanço, à contemplação, até mesmo à preguiça. Está intimamente ligada aolazer e a opção pessoal pela não atividade, contando com um investimento de tempo em momentos mais intimistas.
Deste modo, é raro vermos profissionais planejando a recreação baseada predominantemente no ócio. Apesar disto, momentos de contemplação, reflexão, relaxamento e descanço fazem parte de muitos programas recreativos, comtemplando o vínculo destas áreas de estudo. 

Recreação, Atividade Física e Esporte

A recreação teve como um de seus berços a Educação Física e talvez por isto ela hoje ainda se encontre tão relacionada às atividades físicas e aos esportes. Entretanto estas relações também não são umas de suas limitantes. Pelo contrário, tanto esportes, como o futebol, voleibol, baseball, etc, como atividades físicas, como correr, pular, lançar, chutar, etc, sempre se apresentaram como grandes elementos que compõem a prática recreativa, juntamente com a música, a dança, as artes em geral, a preservação ambiental, as bases terapêuticas, o convívio social, o relaxamento, a contemplação, a linguagem, entre outros assuntos de grande importância para o contexto recreativo.
Disto, podemos dizer que também o esporte e a atividade física fazem parte do universo da recreação, assim como a recreação muitas vezes faz parte do universo dos esportes e da prática física, sem, no entanto, se caracterizarem como áreas comuns (mas sim afins). 

Recreação, Jogo e Brincadeira

Assim como o esporte e a atividade física, o jogo e a brincadeira representam parte importante do escopo da recreação, mas esta não se basta naqueles.
O jogo é estratégia importante para alguns momentos onde se visa o trabalho com regras, o desenvolvimento coletivo, o desempenho em equipe, o aprender a ganhar ou perder, entre outros conteúdos recreativos.
A brincadeira por sua vez se incorpora com constância na recreação, por seu contexto lúdico e divertido.
Entretanto existem jogos não recreativos, como as competições esportivas e os jogos de azar, por exemplo. Assim também existem brincadeiras que não são recreativas como a brincadeira de satirizar um amigo, as brincadeiras de “mau gosto” como “passar o pé” no colega de sala, colar um bilhete nas costas de um colega com frases negativas, entre outras. 


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sábado, 26 de outubro de 2013

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domingo, 20 de outubro de 2013

Alguns serviços







Brincadeiras de Roda

Como funciona 
Os participantes, de mãos dadas, formam um círculo e cantam uma cantiga. Em geral, todos seguem o que sugere a música, como girar para a esquerda ou para a direita, levantar ou abaixar. Existem variações em que um dos integrantes fica no meio da roda e tem de sair dela, por exemplo. FarinhadaCiranda CirandinhaCipozimO Limão Entrou na RodaCorre CotiaOlha o Macaco na Roda e Fui à Espanha são algumas das cirandas mais tradicionais do Brasil.


Origem 
Embora as cantigas de roda de diferentes povos tenham caráter universal e façam parte da cultura, acredita-se que a influência africana tenha sido fundamental para a disseminação das cirandas em solo nacional. 

Por que propor 
Para que os pequenos aprendam a coordenar movimentos com o ritmo e as mensagens das cantigas. 

Como enriquecer o brincar 
■ Converse com a turma, depois de brincar, sobre as palavras citadas durante a canção e seus significados para que eles compreendam melhor os comandos citados. 
■ Pesquise com o grupo referências nacionais das cirandas, como Lia de Itamaracá, de Pernambuco, para enriquecer o repertório. 
■ Participe da roda tornando-se um ponto de referência para os que ainda não sabem o que fazer. 

O erro mais comum 
■ Segurar as crianças pelos braços para ajudá-las a executar alguns movimentos. O ideal é se limitar aos comandos verbais, explicando os passos da brincadeira com calma

A Importância da Recreação



RESUMO

Hoje a recreação é tida para muitos, como uma atividade simplesmente com o objetivo de matar o tempo. Algo que proporcione alguns momentos alegrias. Qual seria a verdadeira finalidade que a recreação tem para crianças de 6 a 8 anos? Este artigo de revisão literária abordará a importância dos jogos, brincadeiras e da recreação na formação do indivíduo.

Introdução

O presente artigo veio ressaltar a importância e o verdadeiro sentido da recreação. Mostrando os significado das palavras mais usados por crianças e também por adultos, como brincadeiras, jogos, diversão....Enfoca a importância de se trabalhar de forma a dar significado e objetivos em tudo que for realizado, com crianças de 6 a 8 anos, na qual está iniciando seu repertório motor mais apurado.


 
O que é recreação?

A palavra recreação vem do latim recreare e significa "criar novamente"no sentido positivo, ascendente e dinâmico (Ferreira 2003).

Silva 1959 informa que a definição de recreação pode ser achada no termo inglês "PLAY" significado que o homem encontra uma verdadeira satisfação e alegria no que esta fazendo. Representa uma atividade que é livre e espontânea na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma compulsão interna ou externa de forma obrigatória ou opressora.

Para Mian 2003 recreação significa satisfação e alegria naquilo que faz.Retrata uma atividade que é livre e espontânea e na qual o interesse se mantém por si só, sem nenhuma coação interna ou externa de forma obrigatória ou opressora, afora e prazer.

SCHMIT apud FRIETZEN define a recreação como sendo o relaxamento do organismo e da mente. É diversão, renovação, recuperação. È a atividade livremente escolhida exercida nas horas de lazer ativa ou passiva, individualmente ou em grupo, organizada ou espontânea.

A recreação tem o objetivo de criar condições ótimas para o desenvolvimento integral das pessoas, promovendo a sua participação individual e coletivas em ações que melhorem a qualidade de vida a preservação da natureza e afirmação dos valores essências da humanidade.

Segundo Gouvêa 1963 recrear é educar, pois a recreação permite criar e satisfazer o espírito estético do ser humano ricas possibilidades culturais, permite escapar do desagradável, utilizando excesso de energia ou diminuindo tensão emocional; é experiência, complementa atividade compensadora, descarrega impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca frustração, monotonia ou ansiedade.

Já Kishimoto (1997) define recreação como atividade física ou mental a que o indivíduo é naturalmente impelido para satisfazer as necessidades físicas, psíquicas, ou sociais, de cujas realizações lhe advém prazer, e que é aprovada pela sociedade.

O entretenimento em si mesmo não é, sempre recreação. Muitas diversões, muitos passatempos catalogados ou tidos como recreadores, não passam de atividades destruídas, nocivas a formação do caráter, responsáveis por grande número de problemas morais e sociais. A verdadeira recreação contém todos elementos citados - entretenimento, diversões, passatempos e distração- mas em um nível construtivo. Atividades feitas apenas com o sentido de "matar o tempo" não podem ser classificadas como recreação relata Silva 1959.

Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores. (Mian 2003)

Nem todo passatempo é recreação, nem toda diversão é uma atividade recreativa cita Ferreira 2003.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Os jogos surgiram na Grécia como forma de diversão passando mais tarde a serem aperfeiçoados e estudados por grandes mestres a fim de tomá-lo parte do desenvolvimento educacional da criança. Depois da segunda guerra mundial e com a criação da ACM. Associação Cristã de Moços em vários países, o jogo como um fator educacional, começou a ocupar espaço (Ferreira 2003).

Segundo Zacharias e Cavallari (2008) se uma atividade recreativa permite alcançar vitória, ou seja, pode haver um vencedor, estamos tratando de um jogo.O jogo busca um vencedor,

Ferreira (2003) jogo é uma atividade física, e/ ou mental que favorece a sociabilização obedecendo a um sistema de regras, visando um determinado objetivo, sendo uma atividade que tem começo, meio e fim, regras a seguir e um provável vencedor. O jogo educativo é um elemento de observação e conhecimento metodológico da psicologia da criança, suas tendências, qualidades, aptidões, lacunas e defeitos.

Jogo é uma das experiências mais ricas e polivalentes e, uma necessidade básica para a idade infantil. A revalorização do tempo livre, nos últimos tempos e a continuidade do ensino de expressão dinâmicas vão despertando uma renovada atenção em direção ao aspecto lúdico, a psicomotricidade e suas grandes possibilidades (SILVA, 1999).

Cavallari e Zacharias 2005 diz que todo jogo apresenta uma evolução regular, ele tem começo meio e fim. Conseqüentemente existem maneiras formais de se proceder.

A maneira como se joga pode tornar o jogo mais importante o que imaginamos, pois significa nada menos que a maneira como, estamos no mundo.Os jogos de que as crianças participam tornam-se seus jogos de vida.Participando destes jogos tocamos uns aos outros pelo coração. Desfazemos a ilusão de sermos separados e isolados. E percebemos o quanto é bom e importante será gente mesmo e respeitar a singularidade do outro (BROTO, 2003).

O professor tem seu papel nos jogos, ele representa e projeta a maneira de jogar, ele é quem comunicar -se através de voz audível e gestos harmoniosos, afim de promover uma atmosfera agradável sua experiência é fundamental, pois através de seus exemplos conquista a confiança e cria uma relação de atividade criativa e amigável (SILVA, 1959).

BRINCADEIRAS

Desde a civilização o brincar é uma atividade das crianças naquela época a brincadeira não era considerado um elemento cultural, do riso, do folclore e do carnaval (VELASCO, 1996).

Cavallari e Zacharias define como a principal diferença entre jogo e brincadeira é o vencedor, na brincadeira não há como ter um vencedor. Ela simplesmente acontece e segue-se se desenvolvendo enquanto houver motivação e interesse por ela.

Para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, é tão necessária ao seu desenvolvimento quanto o alimento e o descanso. É o meio que a criança tem de travar conhecimento com o mundo e adaptar-se ao que rodeia (FRITZEN, 1995).

É por meio de brincar que a criança torna-se intermediária entre a realidade interna e externa, participando, entendendo e percebendo-se como membro integrante do seu meio social. É brincando também, que a criança deixa de ser passiva para tornar-se responsável pela a ação realizada, decidindo os rumos das situações socioculturais por ela criadas é vivenciada sentimentos diversos, que contribui para a formação da sua personalidade (MIAN, 2002).

MARCELLINO (1990) informa que através do prazer, o brincar possibilita a criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para sua formação como ser humano, participando da cultura da sociedade que vive, e não apenas como mero indivíduo requeridos pelos padrões de produtividade social. Sendo assim a vivência do lúdico é imprecendível em termos de participação cultural e crítica e, principalmente criativa. Marcellino descreve também o quanto é fundamental assegurar a criança o tempo e o espaço para que o lúdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida da criatividade e da participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver. São os conteúdos e a forma (produtos e processo) da cultura da criança, que representam o antídoto a aceitação do "jogo" pré-estabelecido, da sociedade e mesmo a camuflagem das colocações individuais, justificando sua impotência frente a estrutura do mundo que receberam e são obrigadas a produzir.

A criança que brinca vive a sua infância torna se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente suportara muito melhor as pressões das responsabilidades adultas e terá maior criatividade para solucionar os problemas que lhe surgem, sendo assim, a brincadeira é uma atividade não apenas natural, mas, sobretudo sócio-cultural já que muitas crianças a cada dia tem menos tempo para brincar, pois os pais se matriculam no maior número possível de atividades e como conseqüência elas são vítimas de estresse bem mais cedo. O brinquedo por sua vez tem seu papel importante nas brincadeiras sendo para criança uma passaporte para o reino mágico de brincadeira (KISHIMOTO, 1997).

Infelizmente, nossas crianças na maioria das escolas recebemregras prontas, não significações. Elas devem aceitá-las para poder transformar num bom adulto. E o mesmo acontece com os professores (MIAN, 2003).

Observa-se cada vez mais que o contato das crianças com jogos brinquedos e brincadeiras tradicionais vem perdendo espaço, possivelmente como conseqüência dos processos de urbanização e de produção consumo de equipamentos de alta tecnologia (videogames, computadores, televisores e brinquedos de controle remoto). (Schwartz, 1958).

Segundo NETO apud VELASCO é um fato inquestionável que as oportunidades de jogo e atividade física tem vindo a degradar- se de forma considerável nas ultimas décadas aumentando substancialmente o sedentarismo na infância.A infância é uma época importante para a prática de várias atividades físicas e o desenvolvimento de habilidades motoras diversas a fim de promover atitudes saudáveis.melhorias na proficiênciamotora, maiores possibilidades de aderência a um estilo de vida ativo e melhor auto-estima e confiança.

Uma possível dinâmica de aula, em algumas ocasiões é iniciar conversando com os alunos, perguntando-lhes do que gostariam de brincar. Trata-se de uma forma de estimular a participação da criança e fazê-la sentir toda importância que tem favorecendo ainda, a rica troca de experiência entre elas e seu respectivos universos de jogos. Outra possibilidade é resgatar jogos, brinquedos e brincadeiras tradicionais, que os pais ou responsáveis e familiares dos alunos desenvolviam quando crianças pedindo ao aluno conversem com eles, perguntando-lhes a respeito de que e como brincavam na infância trazendo referências por escrito ou desenhada representação de uma pequena exposição (organizada pelos próprios alunos, professores, pais ou responsáveis familiares e comunidade, na escola, artística...) da memória da cultura de jogos, brinquedos e brincadeiras infantis (Schwartz,1958).

A alegria tem um efeito estimulante sobre o sistema nervoso e, sendo este o sistema que controla toda a atividade química que se processa no íntimo dos tecidos, é indiscutível os profundos efeitos das emoções de prazer sobre o organismo em geral e a estreita correlação entre saúde e bem estar. O treino nas diferentes atividades que se entrega a criança que se dispõe de espaço e estímulos naturais, promove crescimento muscular, presteza em agir de acordo com a vontade, reserva de energia nervosa e maior resistência ao esforço físico. Cada momento de atividade recreativa envolve um estado emocional: de simples prazer ou alegria promovido pela satisfação de agir, de medo diante ao insucesso, da identificação real com um personagem mais fraco, ou ainda do perigo que possa enfrentar, de raiva na luta contra obstáculos ou na personificação de elementos destruidores (Gouvêa apud KISHIMOTO, 1997).

CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS.

A criança de 6 a 7 anos para Ferreira 2003 pode serdefinida como estando no estágio pré- operatório sendo a de 6 a 7onde aparece à linguagem oral. Pensamentos egocêntricos, rígidos, centrado em si mesma e com características de animismo (ciosas e animais). Não possui noção de conservação, quantidade, volume, massa, peso e não consegue retornar ao ponto de partida mentalmente (condição básica para a realização de operações).

No período pré - operatório a assimilação, (isto é, a interpretação de novas formações baseada em interpretações presentes) é uma tarefa suprema para a criança.Nesta fase, a ênfase no porquê e no "como" torna-se uma ferramenta básica para que a adaptação ocorra (GALLAHU e OZMUN, 2005).

Brincar serve como um importante meio de assimilação e ocupa maior parte das horas que a criança passa acordada. As brincadeiras imaginárias e as paralelas são importantes ferramentas para o aprendizado. Brincar também serve para demonstrar as regras e os valores dos familiares mais velhos do indivíduo. A ampliação do interesse social por seu mundo é característica da fase do pensamento pré – operatório da criança. Como resultado o egocentrismo é reduzido e a participação social aumenta. A criança começa a exibir interesse nos relacionamentos entre as pessoas. A compreensão dos papéis sociais de "mamãe", "irmã" e "irmão" e seu relacionamento uns com os outros é importante para a criança nesta fase. A criança pequena demonstra crescente pensamento simbólico pela ligação do seu mundo com palavras e imagens. A assimilação é avançada usando a atividade física para realizar os processos cognitivo, cita Gallahue e Ozmun (2005).

Na fase operatória-concreta de 7 a 11 anos para Ferreira (2003) a criança começa a ter um pensamento mais lógico, menos egocêntrico, ações mentais mais reversíveis, móveis e flexíveis. Apesar de o pensamento basear-se mais no raciocínio, ainda precisa de materiais e exemplos concretos. Não pode ordenar, seriar e classificar.

Nesta fase, as percepções são mais precisas, e a criança aplica a interpretação dessas percepções ambientais sabiamente. Ela examina as partes para obter conhecimento do todo e estabelece meios de classificação para organizar as partes em um sistema hierárquico. A criança brinca para compreender seu mundo físico.Regras e regulamento são de interesse da criança quando aplicadas a brincadeira. A criança raciocina logicamente sobre eventos concretos e consegue classificar objetos de seu mundo em vários ambientes, existindo a reversibilidade com experimentação intelectual através da brincadeira ativa. (Gallahue e Ozmun 2005).

JOGOS E BRINCADEIRAS

Pega-Pega

Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel, 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,

Morto x Vivo

Objetivo específico: agilidade na reação, atenção, obediência, a ordens, flexibilidade.

As pessoas em círculo, de costas, com o professor no centro. As ordens dadas podem ser: "morto", "vivo", ou "sentar", "levantar" etc... (Ferreira, 2003).

História do meu nome

Todos sentados formando um grande círculo, o objetivo é que cada participante conte a história do seu nome. Por que colocaram o seu nome? Como gostaria de se chamar? De que nome você mais gosta? Vamos criar um nome para o nosso grupo? Que tal utilizarmos as inicias de todos os nomes do grupo?

Objetivo: integrar-se ao meio social, enfatizar a necessidade de escutar o que o outro tem a dizer, desinibir e descontrair o grupo (Soler 2003).

Chamada da roda

Os jogadores em círculo, numerados, um no centro, com uma bola leve. O do centro, com a bola na mão, chama um número e lança a bola para o alto. O jogador chamado deve apanhá-la, vinda do alto ou picada no chão, pela primeira vez. Se o conseguir, ganhará um ponto e irá para o centro repetir a ação do companheiro anterior. A vitória é do que, no final do jogo obtiver mais pontos (Ferreira 2003).

Gato doente

As crianças dispersas pelo campo, dado o sinal pelo professor, uma delas, previamente indicada para iniciar o jogo, persiguirá as companheiras tentando tocá-las. A que for, por exemplo tocada no ombro, aí colocará a mão esquerda e, aliando-se a primeira, procurará também alcançar as outras crianças. Todas as que forem apanhadas "gatos doentes"-deverão correr com a mão no ponto partido, perseguindo as que acharem ainda livres.

Objetivo: trabalhar a habilidade de correr em grupo, atacar e defender (Rabelo e Pimentel 1991).

Pega-Pega

Jogadores dispersos pelo terreno, havendo um perseguidor. Os jogadores fugirão ao perseguidor, que tentar apanhar um. Aquele que for apanhado passará a ser o perseguidor (Rabelo e Pimentel 1991).

Objetivo: Trabalhar a habilidade de correr, desviar, rapidez de reação,

CONCLUSÂO

È de extrema importância a recreação na vida da criança, tanto no seu desenvolvimento motor, afetivo e social. E são os jogos e brincadeiras que tornam um facilitador para que tudo aconteça de forma natural e melhor ainda de forma "PRAZEROSA". È necessário ter um objetivo a ser trabalhado, para que assim elas se desenvolvam e mostrem seu potencial, não simplesmente "brincar" e sim educar, com essas ferramentas tão úteis e significativas que trazem sorrisos e mudam a vida das crianças. O brincar de forma construtiva abre a portas para a educação, e depende de nós deixá-la aberta.

REFERÊNCIAS

BROTTO, F.O. Jogos Cooperativos. Ed. Re-novada. 2003 Sp

CAVALLARI, V.R; ZACHARIAS, V. Trabalhando com recreação. São Paulo. Ed. Ícone. 2005.

FERREIRA, V. Educação Física, Recreação, Jogos e Desportos. Rio de Janeiro. Sprint. 2003.

FRIETZEN, S, J. Dinâmicas de recreação e jogos. Ed. Petrópolis. 1995.

GALLAHUE, D,L; OZMUN,J,C. Compreendendo o desenvolvimento motor Bêbes, crianças, adolescentes e Adultos.São Paulo. Ed Phorte 2005.

KISHIMOTO, T.M. O jogo e a educação infantil. São Paulo. Pioneira. 1997.

KISHIMOTO, T,M. Jogo, brincadeira, brinquedo e a educação. ed. Cortez. 1997.

MARCELLINO, N,C. Pedagogia da animação. Ed. Papirus. 1990.

MIAN, R. Monitor ou Recreação: Formação profissional.São Paulo. Texto Novo. 2003.

RABELO, V; PIMENTEL, F Jogos infantis.Ed. Belo Horizonte. Rio de Janeiro 1991.

SCHWARTZ, G.M. Educação Física no ensino Superior: Atividades Recreativas. Ed. Guanabara. 1958.

SILVA, E,N. Recreação e jogos. Rio de Janeiro.Sprint. 1999.

SILVA, N,P. Recreação. ed Pioneira. Sp. 1959.

SOLER,R. Jogos Cooperativos para Educação Infantil. Ed.Sprint. 2003 Rj.

VELASCO,C. Brincar o despertar do psicomotor. Sprint RJ 1996

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Bagunça e Confusão

Um show diferente, emocionante onde você e toda sua família irão rir e se divertir, peça seu orçamento sem compromisso.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Show de Palhaços

Show Realizado na Escola Estadual Noedir Mazini, Na cidade de Amparo - SP um dia inesquecível


sábado, 5 de outubro de 2013

Show!!!!!


Um show diferente, contagiante onde toda a família ira se divertir muito.

Musica e clipe - sonho de um palhaço


DÁ PRÁ ACREDITAR EM PALHAÇO?


“Como riem as crianças / dos palhaços / espantando / às gargalhadas / o tempo e a tristeza” (Kaled Ghoubar) 

Devemos acreditar que o mundo pode se transformar num lugar melhor, quando compreendemos que um sorriso e uma brincadeira são capazes de diminuir o tamanho de qualquer problema. E que um dos eixos norteadores da alegria é o Palhaço, que se apresenta de forma lúdica para as pessoas de todas as idades e, também, como forma de compreender o mundo, favorecendo a relação entre o viver e o lazer, ao ritmo de cada um, adequado em cada realidade. 
Podemos acreditar que entre diversão, brincadeiras, bagunça e confusão os palhaços destacam um importante papel no interesse da criança e na maneira com que expressam o empenho na diversão para todos; como retrata a poeta Maria de Lourdes Mallmamm; “Palhaço.../ A música indica o momento / em que deve se apresentar no picadeiro do circo. / Circo apenas circo.../ Que o faz se transformar / num palhaço fanfarrão que a todos vai alegrar. //.. O palhaço pula e dança / a criançada o adora.../ é hora de gargalhar //... Mesmo que a alma chore / ele afasta a tristeza, é tempo de rir...” 
Os palhaços constituem uma espécie de comunidade ameaçada de extinção, conscientes dos tempos atuais da sociedade. Curioso e triste é perceber que cada vez menos os palhaços se apresentam em palcos que não são revividos para eles. Acredito que devemos refletir sobre suas histórias e seus significados. 
A tendência do mundo moderno (de teclados e senhas) leva à arte comparativa com diversas épocas e culturas, como a crença nopoder mágico do palco e a arte como representação da realidade: e as crianças entendem de mágicas, mais que qualquer adulto. 
Num mundo cada vez mais complexo, como acreditar e compreender a realidade sem o Palhaço? Como entender os desafios do mundo contemporâneo sem desenvolver fantasias e participar da alegria que nos traz o palhaço? 
Vivenciando as brincadeiras tem-se o retrato fiel da realidade atual. E o palhaço é a diversidade de lazer ao longo do tempo (e para sempre), porque no grito do palhaço, lembro-me de bons momentos ... Risos. 

“Hoje tem goiabada! Tem sim senhor! Hoje tem marmelada! Tem sim senhor! 
E o palhaço o que é? É ladrão de muié!!!!



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O que acontece quando você fica elogiando a inteligência de uma criança

Gabriel é um menino esperto.
Cresceu ouvindo isso.
Andou, leu e escreveu cedo.
Vai bem nos esportes.
É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.
“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.
Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.
- “Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.
Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.
gabriel3
A estratégia (esperta, obviamente) é a base do comportamento humano: buscar prazer e evitar a dor. No caso, evitar e desmerecer as tarefas em que não é um sucesso e colocar toda a energia naquelas que já domina com facilidade.
Mas, como infelizmente a lição de casa precisa ser feita por inteiro, inclusive a soletração, de repente a auto-estima do pequeno Gabriel faz um… crack.
Acreditar cegamente na sua inteligência à prova de balas, provocou um efeito colateral inesperado: uma desconfiança de suas reais habilidades.
Inconscientemente ele se assusta com a possibilidade de ser uma fraude, e para protegê-lo dessa conclusão precipitada, seu cérebro cria uma medida evasiva de emergência: coloca o rótulo dourado no colo, subestima a importância do esforço e superestima a necessidade de ajuda dos pais.
A imagem do “Gabriel que faz tudo com facilidade” , a do “Gabriel inteligente” (misturada com carinho), precisa ser protegida de qualquer maneira.
Gabriel não está sozinho. São muitos os prodígios, vítimas de suas próprias habilidades de infância e dos bem intencionados e sinceros elogios dos adultos.
Nos últimos 10 anos foram publicados diversos estudos sobre os efeitos de elogios em crianças.
Um teste, realizado nos Estados Unidos com mais de 400 crianças da quinta série (Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success), desafiava meninos e meninas a fazer um quebra-cabeças, relativamente fácil.
Quando acabavam, alguns eram elogiados pela sua inteligência (“você foi bem esperto, hein!) e outros, pelo seu esforço (“puxa, você se empenhou pra valer hein!”).
Em uma segunda rodada, mais difícil, os alunos podiam escolher entre um novo desafio semelhante ou diferente.
A maioria dos que foram elogiados como “inteligentes” escolheu o desafio semelhante.
A maioria dos que foram elogiados como “esforçados” escolheu o desafio diferente.
Influenciados por apenas UMA frase.
O diagrama abaixo mostra bem as diferenças de mentalidade e o que pode acontecer na vida adulta.
graf
O Malcom Gladwell tem um ótimo livro sobre a superestimação do talento, chamado “Fora de Série” (“outliers”). Lá aprendi sobre a lei das 10 mil horas, tempo necessário para se ficar bom em alguma coisa e que já ensinei pro meu filho.
Se você tem um filho, um sobrinho, ou um amigo pequeno, não diga que ele é inteligente. Diga que ele é esforçado, aventureiro, descobridor, fuçador, persistente.
Celebre o sucesso, mas não esqueça de comemorar também o fracasso seguido de nova tentativa.
UPDATE : Apenas alguns esclarecimentos a alguns dos comentários…
01. Não, eu não estou dizendo para não elogiar as crianças. E não, também não estou dizendo para você nunca dizer para o seu filho que ele é inteligente. É apenas uma questão de evitar o RÓTULO.
02. Evidentemente não sou o autor dessa tese/teoria, muito menos desse estudo citado no post. Escrevi justamente SOBRE essa linha de pensamento. Quem escreveu essa teoria foi Carol S. Dweck / Ph.D. Social and Developmental Psychology / Mindset: The New Psychology of Success(http://news.stanford.edu/news/2007/february7/dweck-020707.html) como foi citado acima e nos comentários também.